LISTA DE INSCRIÇÕES HOMOLOGADAS

Como divulgado, as vagas para o II (Sem) Desastres são limitadas, por isso foi necessária seleção de inscrições. Segue abaixo as inscrições homologadas. Lembrando que a taxa de inscrição é 1kg de alimento não perecível. Pedimos para as pessoas, que tiveram suas inscrições homologadas, mas que não irão comparecer ao evento, enviarem um email para semdesastresufrn@gmail.com com o título "DESISTÊNCIA", tendo em vista a quantidade de inscrições na lista de espera:


Agnaldo Jose da Silva
Acacia Varela Cruz
Adriano de Lima Gomes
Alex Sandro Avelino da Silva
Alisson Nelson Macedo de Barros
Amanda Camila Dantas de Oliveira
Ana Maria Alves Lobato
Ana Paula de Sousa Pedroza
André Felipe Silva Dantas
Andre Ferreira
Andressa Dantas de Lima
Ane Corene Rocha Carvalho
Antonio Barbosa Correia
Antônio Carlos Viegas da Silva
Antônio Francisco de Lima
Arthur Varela da Silva
Bárbara Sodré Fonseca
Ciáxares Magalhães Carvalho
Cicera Michely Maria de Oliveira
Cleidson dos Santos Silva
Daniele Michele S. do Nascimento
Danielle Bezerra de Almeida
Denise Cristina Silva de Oliveira
Duancally Vanessa da Silva Duarte
Edyjane Veleda Anjos de Deus Barbosa
Emília Leopoldina de Freitas
Estácio Moises Barbosa
Evelyn Christie Nascimento de Barros
Felipe Jeferson de Medeiros
Felipe Jeferson de Medeiros
Flávia Janiny Oliveira da Silva
Flavio Moraes da Silva
Francisca de Lima Montenegro
Francisco de Assis Azevedo
Gabriely Varela
Geison Ramos Pereira
Gilberto Carlos gomes da silva
Gilvan Bernardo da Costa
Gicelia Pereira de Souza
Gioconda Suncion Acuna
Jairo Marinho Ribeiro Junior
Jane Cçaudia da Silva
João Paulo Araújo de Lima
Joria do Nascimento Soares
Jose Jorimar Patricio Gomes
Juliana Delgado Tinôco
Kivia Tallyta Costa da Silva
Lenilda Silva de Lima
Leonardo Silvério Ferreira
Liana do Carmo Pinto Rocha
Louizy Minora Costa Ataíde de Almeida
Luan Caio Pereira dos Santos
Marconi Antão dos Santos
Marcos Gley Rodrigues Ferreira
Marcos Paulo Araújo da Silva
Maria das Graças Alves Lobato
Maria Dissineide de Gois
Mary Lucia Costa Filgueira
Mirna Guimarães Pipolo
Neuma Maria Queiroz
Mônica Cristina da Costa Pereira
Nilson Venâncio
Nubia Isabela Lins Izario
Olavo Antonio Vitorino de Oliveira
Pauliane Benedita de Souza Barbosa
Paulo Alex Marcelino Brazão do Nascimento
Paulo Victor Rodrigues de Carvalho
Pedro Felipe Lobato da Silva
Pedro Grilo Neto
Priscila da Costa Silva
Renata Lima de Morais
Robert de Niro
Rodrigo Faria Collier de Oliveira
Ronildo Teixeira Coutinho
Rosa Leide Soares
Sayonada Andrade de Medeiros
Sismeria Cruz da Costa
Stenio Stephanio Santos de Oliveira
Telvanes Bernardo Costa
Terezinha Caetano da Silva
Terezinha de Jesus
Themys Cortez do Carmo Carvalho
Valdemira izidro Marinho Almeida
Vane de Oliveira Teixeira
Vinícius Cortês Bezerra do Vale
Virginia Kelly Marinho de Lima
Viviany Campos Bezerra Gomes
Wilson Barbosa Correia
Ynes Fonseca Oliveira
Zoneide Martins Januario

APRESENTAÇÃO

Mais de 95% da população mundial vive em menos de 10% da área terrestre do planeta, principalmente em cidades e vilas. Estima-se que até 2050, a população urbana deverá ser composta por 6,29 bilhões de pessoas, equivalendo a 69% do total da população mundial (ZHAO et al, 2013). Uma média de 200 milhões de pessoas por ano, no mundo, foi afetada por desastres nas últimas duas décadas (UN/ISDR, 2007).

Os desastres naturais têm ocorrido com mais frequência e com um forte poder de destruição. Por se tratar de processos não-determinísticos, os desastres caracterizam-se pela imprevisibilidade e pela incerteza de suas ocorrências, exigindo um tipo de análise e tratamento de natureza complexa, que considere suas propriedades não determinísticas e emergentes.

Os sistemas públicos de gestão de desastres naturais, dada a característica complexa destes tipos de desastres, têm tido dificuldade de prever, prevenir e dar respostas a estes fenômenos de forma resiliente. Esta realidade exige, portanto, que os profissionais dos sistemas de emergência e a população precisam estar aptos para interagir, realizar adaptações e prover a resiliência necessária para tratar destes acontecimentos. 

Por isso, cidades de todo o mundo estão dando maior importância ao planejamento, preparação e reação ao crescente número de desastres naturais, causados pela mudança global do clima. A ONU, inclusive, lançou em 2010 uma Campanha Mundial denominada “Construindo Cidades Resilientes: minha cidade está se preparando” (UNISDR, 2010). Em 2011, a ONU publicou “Como Construir Cidades Mais Resilientes: um guia para gestores públicos locais” (UNISDR, 2011), cujo objetivo é “aumentar a conscientização a respeito da redução de riscos urbanos e encorajar governos a investir em atividades de redução de desastres e criar uma infraestrutura mais resiliente nas cidades” (ONU, 2010).

Em uma cidade resiliente as autoridades locais e a população compreendem os seus riscos e desenvolvem uma base de informação local compartilhada sobre riscos, perigos e perdas em desastres, incluindo quem está exposto e quem está vulnerável. Também, as pessoas estão habilitadas a participar dos processos de decisão e planejamento da cidade, juntamente com as autoridades locais, e a valorizar o conhecimento local, suas próprias capacidades e os recursos que possuem.

Um estudo realizado em 2010 pela OCDE estima que, nas grandes cidades costeiras, cerca de 150 milhões de pessoas (aproximadamente quatro vezes a população atual de 40 milhões), para se proteger, vai ter que depender, até 2070, das defesas contra inundações (JAPAN METEOROLOGICAL AGENCY).

O “II (Sem)Desastres - II Seminário Multidisciplinar sobre Desastres” é uma continuidade das ações de pesquisa e extensão, sobre a temática dos desastres, desenvolvidas pelos Departamentos de Engenharia de Produção, de Psicologia, de Geografia, de Enfermagem e de Políticas Públicas da Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN. Este evento é uma iniciativa do Projeto de Extensão e Pesquisa “Mãe Luíza (Sem)Desastres”, que envolve os seguintes grupos de pesquisas da UFRN: GREPE-Grupo de Extensão e Pesquisa em Ergonomia, GPSICODESASTRE-Grupo de Psicologia dos Desastres, GEORISCO-Grupo de Pesquisa em Dinâmicas Ambientais, Risco e Ordenamento, GPNaPBC-Grupo de Pesquisa Neurociências Aplicadas, Processos Básicos e Cronobiologia.

O IIº (Sem)Desastres se insere num conjunto de estratégias e ações dos referidos grupos de pesquisa, no sentido de contribuir com o processo de desenvolvimento científico, a resiliência dos órgãos públicos e a resiliência comunitária, buscando, cada vez mais, a melhoria da resiliência do sistema global de gestão dos riscos de desastres em nosso estado.

A cidade de Natal carece de um Plano de Contingência efetivo para o enfrentamento dos desastres naturais nas suas áreas vulneráveis. As últimas chuvas de junho de 2014, que atingiram o Bairro de Mãe Luíza, são uma demonstração inequívoca da fragilidade de nosso sistema de gestão de riscos de desastres, em termos de falta de articulação e coordenação interinstitucional dos órgãos públicos e de falta de sinergia destes órgãos com a comunidade afetada, fragilizando as ações cooperativas e comprometendo a resiliência do sistema de gestão de riscos de desastres.

Dentre as cinco prioridades de ação definidas pela Conferência Mundial de Redução de Desastres (World Conference on Disaster Reduction) e apontadas pelo Protocolo de Hyogo, estão a de “utilizar o conhecimento, a inovação e a educação para a construção de uma cultura de segurança e resiliência em todos os níveis” e a de “reforçar a preparação de desastres para uma resposta eficazem todos os níveis” (UN/ISDR, 2007).

O objetivo central do II (Sem)Desastres é  discutir a atuação, eficácia e fragilidades dos órgãos públicos e da comunidade afetada pelos desastres, no sentido de contribuir para o fortalecimento da resiliência dos órgãos de Proteção e Defesa Civil da cidade de Natal. 

O II (Sem)Desastres terá como foco o desastre natural - caracterizado pelas fortes chuvas, deslizamentos de terra e alagamentos - ocorrido em junho de 2014, no bairro de Mãe Luíza, que causou danos humanos e materiais a diversas famílias, incluindo crianças, adolescentes, pessoas com deficiência e idosos.

A ideia é, no primeiro dia do evento, aproveitar os registros da recente experiência acumulada pelos diversos atores sociais envolvidos neste desastre, mediante a criação de espaços de diálogos, trocas de experiências e reflexões multidisciplinares, interinstitucionais, entre os poderes públicos e comunidades afetadas e entre os diferentes atores sociais envolvidos no cenário do desastre. Pretende-se, ainda, no segundo dia, mediante a realização de uma oficina, estimular e apoiar a elaboração participativa do Plano de Contingência de Proteção e Defesa Civil para a cidade de Natal, incluindo os exercícios simulados, tomando-se como experiência-piloto o Bairro de Mãe Luíza.

A Coordenação do IIº (Sem)Desastres compreende que o nível de resiliência desejado para o sistema de gestão de riscos de desastres só será atingido mediante uma gestão colaborativa, envolvendo os órgãos públicos e seus agentes e a participação direta da comunidade, liderada pelos Núcleos Comunitários de Defesa Civil-NUDECs. Por isso, são convidados a participar deste evento a comunidade de Mãe Luíza, os agentes dos órgãos de proteção e defesa civil municipal e estadual, da SEMTAS, da SEMOPI, da SEHARPE, da SEMURB, da Secretaria de Saúde de Natal, da SEJUC, da CAERN, da COSERN, da Cruz Vermelha, a Procuradoria de Justiça do Meio Ambiente, a OAB, a ONU, estudantes, professores e pesquisadores envolvidos com o tema. 

Desejamos a todos um excelente Seminário!

Prof. Dr. Ricardo José Matos de Carvalho – GREPE/Dep. de Engenharia de Produção.
Prof. Dr. Pitágoras José Bindé – GPSICODESASTRE/Dep. de Psicologia.
Profa. Dra. Katie Almondes – Dep. de Psicologia.
Prof. Dr. Fábio Fonseca Figueiredo – Dep. de Políticas Públicas.
Prof. Dr. Lutiane Queiroz de Almeida – GEORISCO/Dep. de Geografia

Coordenadores do IIº (Sem)Desastres
© II (Sem) Desastres - 2014. Todos os direitos reservados. Criado por: Geraldo Neto e Adriano Junior. Tecnologia do Blogger.